Este Blog, foi criado pelos alunos do Curso de Artes Visuais da UFMA Universidade Federal do Maranhão – Pólo de Imperatriz - MA, em cumprimento à proposta da construção coletiva de uma comunidade virtual no estudo da Disciplina Tecnologias Contemporâneas na Escola II sob orientação do professor formador Evaldo Magno Anchieta Pereira.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Gincana Cultural "Descobrindo Talentos"
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
SECOND LIFE - ILHA DA EDUCAÇÃO
Abaixo está o vídeo que produzi com as imagens da exposição e publiquei no youtube.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
IMAGENS DO SUBCONSCIENTE
Continuando a conversa acerca da Experimentação Artística Computacional, também vivenciei na prática o que o colega Morais Filho relatou, porém, ao invés da utilização do PhotoShop me utilizei do Programa PhotoScap e o resultado pode ser conferido neste espaço .
O trabalho exibido , articula as artes plásticas e as tecnologias a favor da arte.
Neste caso, foi agregado imagens de pinturas em telas de minha autoria somando um total de cinco pinturas abstratas geométricas e a junção das mesmas à manipulação do programa PhotoScap resultou na imagem inspirada na técnica de pintura em vitral a qual intitulei “imagens do subconsciente.”
terça-feira, 30 de novembro de 2010
EXPERIÊNCIA ARTÍSTICA COMPUTACIONAL
Figura 05 - Tema: "Difusão" - Obra inspirada na obra "República das cores"
Técnica: Experiência artística computacional - Autor: Morais Filho
Figura 06 - Tema: "República das cores"
Técnica: Acrílico cobre tela -Autor: Morais Filho
As imagens acima são frutos de um trabalho realizado no estudo do Módulo 18 Tecnologias Contemporâneas na escola 3.
Os resultados foram satisfatórios e interessantes.
Apreciam e comentem!
domingo, 12 de setembro de 2010
ISMAEL NERY
Ismael Nery, Adalgisa e o artista, [1927], óleo s/tela, 78,5 x 69,8 cm.
Ismael Nery nasceu em Belém do Pará em 1900 e morreu na cidade do Rio de Janeiro em 1934. Desenhista, pintor e poeta, freqüentou a Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, foi nomeado desenhista do Patrimônio Histórico Nacional. Casou-se com a poetisa Adalgisa Nery, grande inspiradora de sua obra. Sua pintura foi muito influenciada pelos surrealistas Chagall e De Chirico. Em 1829, realiza sua primeira exposição individual em Belém (PA). Formula um sistema filosófico: o Essencialismo.
A reflexão sobre o eu, a obsessão do duplo e o questionamento da existência caracterizam sua obra plástica e poética. Suas obras não se fixavam na natureza, mas no ser humano, pintava somente seres humanos, em momentos triviais: nem angústia, nem desespero, nem perplexidade; apenas o cotidiano das pessoas. Dedicou-se mais à poesia, achando-a melhor que a pintura.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
ARTE PRÉ-HISTÓRICA BRASILEIRA E REFLEXOS NA CONTEPORANEIDADE
Segundo levantamento feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) são entre 20 mil sítios arqueológicos existentes em nosso país e somente seis são tombados, dentre eles: Sambaqui do Pindaí, em São Luís, no Maranhão e o Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato, no Piauí. Todos os sítios são considerados bens patrimoniais da União e o tombamento reforça essa proteção e impede a destruição ou descaracterização dos sítios arqueológicos de grande interesse para a preservação da memória coletiva que tinha a intenção de transmitir e reforçar o conhecimento cultural do grupo.
A arte pré-histórica com certeza reflete-se na contemporaneidade. No passado a arte rupestre com seus grafismo eram feitos em rochas expressando ali seus rituais, suas crenças e costumes. Os tempos mudaram, as pessoas evoluíram e mesmo assim elas sentem necessidade de se expressarem e utiliza-se de grafismos diversos nos muros e paredes das nossas cidades. Um exemplo é José Datrino, chamado Profeta Gentileza, que se tornou conhecido nos anos 80 por fazer inscrições sob um viaduto na cidade do Rio de Janeiro.
E você o que acha? Dê a sua contribuição postando comentários.
Obrigada!!!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Arte Plumária
Ressalta-se que as tribos silvícolas dos Munduruku e dos Kaapor, confeccionam peças mais elaboradas sobre faixas de tecido de algodão, fazendo uma combinação do colorido com matizes.
SANTOS, Maria das Graças Vieira Proença dos. História da Arte. Ática, São Paulo, SOP: 2000.
domingo, 15 de agosto de 2010
PLUMÁRIA INDÍGENA BRASILEIRA - TÉCNICAS E CURIOSIDADES
Olá caros seguidores e demais visitantes deste blog!
Estamos estudando o módulo 20 que trata da História das Artes Visuais no Brasil.
Um dos assuntos de interesse que ainda estamos buscando aprofundamento com base nas leituras e pesquisas realizadas ao longo do módulo é a Arte índígena.
Aproveitamos este espaço para partilhar um pouco do que foi discutido em sala de aula acerca da contribuição artística e diversificada dos grandes artistas e plumistas: os índios brasileiros.
Professores cursistas: Adriana Almeida Pessoa, Maria das Graças N. Gurgel, Raimundo Morais Pessoa Filho
CONCEITO DE ARTE PLUMÁRIA
O termo plumária refere-se à utilização de penas, plumas e penugens de variadas aves.
FINALIDADE DA ARTE PLUMÁRIA
Confecção de artefatos: armas,instrumentos musicais, brinquedos etc.
Adornos corporais: colares, cocás, brincos, pulseiras, etc.
TÉCNICAS
Somam-se Matéria prima básica (Plumagem: penas, plumas, penugem) + Domínio técnico + Senso estético (beleza)
À plumagem são associados outros materiais dentre eles: fibras vegetais, taquaras, madeiras etc.
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE A ARTE PLUMÁRIA
Caráter ritualista
A arte plumária indígena possui este caráter ritualista em dois níveis:
1- Confecção das peças
É feita exclusivamente pelos homens, que obedecem a um ritual de caça, coleta, separação, tingimento, corte, amarração, etc. da matéria-prima afim de dar uma forma específica a ela.
2- Forma de comunicação
A arte plumária é uma forma de comunicação, de linguagem.
Os grupos indígenas ornamentam o corpo em contraposição aos outros seres vivos (animais e outros grupos indígenas).
“É na plumária que encontramos a atividade mais eminentemente artística dos nossos índios” (Darci Ribeiro e Berta G. Ribeiro, Arte plumária dos índios Caapor, p.12)
REFERÊNCIAS:
GARCEZ, Lucília; OLIVEIRA, Jô. Explicando a arte brasileira. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003
Além da Beleza. Plumária indígena brasileira. Roteiro de apreciação de Exposição Fotográfica. SESC – Serviço Social do Comércio
SITES CONSULTADOS
http://www.eba.ufmg.br/alunos/kurtnavigator/arteartesanato/plumaria.html
http://www.mae.usp.br/convite.htm
http://www.brasilcultura.com.br/wp-content/uploads/2010/04/indio-e-bandeira.jpg
sábado, 14 de agosto de 2010
ARTE PRÉ-HISTÓRICA BRASILEIRA E SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Desde o princípio, o homem sempre procurou representar-se e representar as coisas que o cerca. Procurou também ao longo dos tempos produzir ferramentas para facilitar seu trabalho e para ajudá-lo a superar suas limitações. Uma das maneiras de superar essas limitações foi encontrada na arte.
Pela arte a história da humanidade se construiu e o homem pôde perpetuar-se e descobrir possibilidades procurando delimitar suas fronteiras, embora: “Geograficamente, a história da arte não encontra limites em nosso universo e, cronologicamente, cobre todas as facetas da atividade humana sobre a Terra, da mais remota pré-história até os nossos dias”. (BARRAL, 1994, p.10)
Através da História da arte, há a possibilidade de um contato mais próximo com o que o homem produziu culturalmente e veio acumulando no decorrer da sua história até os nossos dias deixando como marca registrada a sua evolução.
Arte Rupestre no Brasil
O território brasileiro já era habitado por grupos nômades, caçadores, pescadores que provavelmente vieram da Austrália, da Oceania ou da Ásia muito antes da chegada de Pedro Álvares Cabral.
Isto foi comprovado através das escavações e análise de objetos e desenhos nas pedras deixados pelos primitivos.
As pinturas e gravuras deixadas por eles são o testemunho de sua passagem. Consta na literatura que, esses registros em diferentes suportes de pedra são chamados de arte rupestre ou itacoatiaras palavra tupi que quer dizer pedra pintada: paredes e tetos de cavernas e abrigos, blocos no chão, pedras nos leitos dos rios, e lajes a céu aberto.
As mais antigas pinturas rupestres brasileiras encontradas nas cavernas estão no Parque Nacional Serra da Capivara na região de São Raimundo Nonato, no sudeste do estado do Piauí.
Em outras regiões do Brasil também há registros de arte rupestre. Dentre estas regiões mais conhecidas estão Naspolini no estado de Santa Catarina, Lagoa Santa, Varzelândia e Diamantina em Minas Gerais, Toca da Esperança região central da Bahia e Florianópolis, regiões do Seridó e Chapada do Apodi, Lageado de Soledade no Rio Grande do Norte, Itapetim nascente do rio Pajeú, Sítios Boa Vista e Riacho Salgado e no município de Afogados da Ingazeira e Carnaíba no Estado do Pernambuco.
No Maranhão a maioria da população ainda desconhece a riqueza arqueológica do estado no que consiste aos registros rupestres. Isso tem uma explicação em função da falta de instituições, falta de atenção dos órgãos competentes em todas as esferas no investimento de estudos e pesquisas sobre a história da população pré-colonial que aqui vivia.
Certo é que no Estado do Maranhão assim como em outras regiões do Brasil , algumas até já citadas encontra-se um tipo de vestígio arqueológico denominado grafismo rupestre, embora esse tipo de registro seja ignorado na região pela ausência de pesquisas.
Entre os municípios maranhenses tidos como referência no que se trata de arqueologia pode-se citar Tasso Fragoso localizada no Sul do Maranhão, no pólo Chapada das Mesas. A cidade considerada “um tesouro arqueológico a ser descoberto” faz divisa como Estado do Piauí, limitando-se com os municípios de Balsas, Simbaíba e Alto do Parnaíba.
O município dispõe de uma riqueza em cavidades naturais, e possui milhares de gravuras e pinturas rupestres encontradas nas paredes das grutas, situadas em toda a região da cidade. Nas grutas encontram-se pegadas de animais, seguidas por pegadas humanas, folhas de palmeiras e instrumentos de caça, que podem simbolizar um ritual de caça. (Jornal CAZUMBÀ, janeiro 2010, p. 10)
As inscrições petrográficas ou desenhos rupestres em Tasso Fragoso são classificadas por estudiosos e pesquisadores do assunto como um verdadeiro achado arqueológico.
Contudo, é preciso a implementação de políticas públicas que dêem condições de localizar, mapear e pesquisar novos sítios na região e também políticas para conservação e proteção dos sítios já descobertos e cadastrados.
Grafite - arte rupestre contemporânea – reflexo de um passado muito presente
A pintura evoluiu sofrendo alterações quanto aos termos utilizados, às técnicas e uso de materiais dos mais artesanais aos industrializados acompanhando também a evolução das sociedades à medida que o tempo foi passando.
Nas grandes civilizações da Antiguidade, especialmente no Egito, Grécia e Roma, a utilização de variadas técnicas (mosaico, pintura, escultura) auxiliou a perpetuar as paredes como autênticos ateliês demonstrativos da cultura desses povos. O passar do tempo aperfeiçoou ainda mais essa arte/forma de comunicação. Não é possível desprezar, por exemplo, os belíssimos painéis nas paredes de prédios públicos da capital mexicana, que retratam a história daquele país, produzidos por Diego Rivera./www.universia.com.br/docente.
O grafite é um termo dado a um dos tipos de pintura também parietal que se utiliza como suporte os muros das cidades fazendo parte da paisagem urbana.
Contudo, a proposta de ambas as pinturas, rupestre e grafite se assemelham em dois aspectos. O primeiro refere-se ao fato de não terem sido concebidas com a intenção de tornarem-se arte apesar de terem adquirido tal status.O segundo aspecto em comum é registrar e expressar graficamente a maneira de pensar e agir do homem pré-histórico e do homem contemporâneo na busca da compreensão de si do outro e do meio em que viveu e vive.
Numa eterna tentativa de dar e receber respostas o homem lançou mão
da arte da pintura e até hoje se utiliza dela no lançamento de questões a serem resolvidas mantendo a história da arte parte integrante e inegável no nosso cotidiano.
REFERÊNCIAS:
BARSA, NOVA ENCICLOPLÉDIA. São Paulo. Consultoria – Editora Ltda, 2001. Vários colaboradores. Obra em 18 V.ISBN – 85 – 7026 – 521 – 2 (Obra completa) Volumes: 02, 05, 07, 12.
GARCEZ, Lucília; OLIVEIRA, Jô. Explicando a arte brasileira. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003
CAZUMBÁ jornal turístico e cultural do Maranhão. ANO VIII Nº 69 janeiro/2010 São Luis MA
EDUCAÇÃO artística brasileira e universal. São Paulo: SBJ Produções.Vídeo (30), DVD, Som Color,1997.
PESSOA, Raimundo Morais Pessoa Filho. A arte no Ensino Fundamental. Trabalho Monográfico. UEMA, Açailândia: 2006.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 2000
SITES CONSULTADOS
http://max.org.br/biblioteca/Revista/Anais2WS/Rupestres-no-Maranhao.pdf
http://www.naya.org.ar/congreso2002/ponencias/arkley_marques_bandeira.htm
http://www.universia.com.br/docente/materia.jsp?materia=10454
http://www.flickriver.com/photos/selusava/
http://www.ab-arterupestre.org.br/arterupestre.asp
1-Qual a relação entre pintura rupestre e grafite?
2-Nos dias atuais, a arte rupestre ainda é um enigma a ser desvendado?
3-O grafite leva à reflexão?
4-Tanto na pintura rupestre quanto no grafite, há uma ideologia por trás desses tipos de pinturas?
quarta-feira, 23 de junho de 2010
BULLYING: jeito moderno de discriminar e instalar a violência escolar
O presente artigo versará sobre a violência presente no espaço escolar. Embora só recentemente a temática tenha ganho maior notoriedade, a violência está presente na escola, no meio dos jovens, desde épocas antigas. A escola em época de modernidade, a atividade laboral da família, tem contribuído para a ausência do acompanhamento dos filhos no cotidiano escolar. Fator significativo para o desvio de rota dos alunos. Nesse sentido, enfoca-se sobre as formas de violência presentes no cotidiano e que penetram no contexto escolar. Demonstra-se a interferência de fatores socioeconômicos, afetivos e culturais no processo disciplinar e na disseminação da violência na escola.
1 INTRODUÇÃO
Na sociedade moderna as informações circulam com rapidez. No cotidiano a mídia de forma espetacular divulga, dados, pesquisas, e cenas sobre a violência urbana, tornando-a como se fosse tema de convivência normal. São os conflitos coletivos, sociais e familiares que provocam respostas em forma de violência.
Existe a concepção de a violência agrega vários fatores, os quais podem ter raízes como, problemas familiares, sobrecarga de trabalho dos pais, maus tratos do próprio grupo no qual a pessoa está inserida. Quando se trata de jovens, a situação torna-se delicada, podendo levá-los a formar outros grupos de protestos as, “gangues” . Tudo isso se aglomera na escola, professores.
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*Pedagoga, especialista em Linguagens e Códigos e suas Tecnologias
Nesse contexto, a escola precisa assumir o compromisso, de conscientizar os jovens, pais, professores e comunidade, sobre a problemática e adotar medidas preventivas de diminuir o número de adolescentes com problemas relacionados a violência. Sugere-se viabilizar projetos, orientar professores para trabalhar com o objetivo de sanar a questão.
A escola em seus processos metodológicos procura meios, que possa favorecer o ensino-aprendizagem e o desenvolvimento da comunidade a qual está inserida. Construir um mundo novo de descoberta e valorização do conhecimento.
Ressalta-se que é importante da elaboração e execução de projetos com a participação da comunidade no sentido de favorecer a relação escola comunidade e conseqüentemente a melhoria das condições de vida. Pois, a organização escolar define-se como unidade social que serve as pessoas que interagem entre si, intencionalmente, operando por meio de estruturas e de processo organizativos próprios a fim de alcançar os objetivos educacionais.
Portanto, espera-se contribuir de modo significativo, para que a escola, ambiente de pesquisa, os professores e gestores, percebendo-se como sujeitos do processo, possam atuar de modo competente e participativo nas práticas de conscientização e em projetos, aprofundando os conhecimentos para contribuir favoravelmente no sentido de eliminação da problemática e assim, promover o resgate e a inclusão social do educando
2 INDAGAÇÕES CONCEITUAIS
Nesse sentido, busca-se alguns conceitos e indagações sobre a violência. Na visão de Shilling:
Há violência diversas implicando atores (sujeitos) diversos e acontecendo sob formas diferentes (violência, física, psicológica, emocional, simbólica). A exigir respostas diferentes. De diferentes dimensões – macro e micro -, que se relacionam entre si de maneiras peculiares. Em todos os casos, há agressores específicos e há vitimas. ( 2004, p. 35).
Na opinião de Abramovay (2004, p. 14)
Violência são atos reais, muitas vezes de sangue, de órgãos arrancados, de grito, de pessoas desfiguradas é o que dói. Mas nem todas as ores são físicas e, não necessariamente, todos sentem a dor com a mesma intensidade, pois cada época e em cada sociedade as representações e os sentimentos em relação à violência variam.
Shilling (2004, p. 37) Apud Michaud (1989), [...] a violência, está associada a uma força que em si não é nem boa nem má, é uma força que vai além dos limites e que escapou das previsões, e uma força em um mundo considerado “estável e regular”.
Abramovay, (2004, p. 38) Apud Chaui (1999: 3-5)) diz que a violência é:
1)Tudo que age usando a força para ir contra a natureza de alguém (é desnaturar);
2)Todo ato de força contra a espontaneidade, a vontade e a liberdade de alguém, (é coagir, constranger, torturar, brutalizar);
3) Todo ato de transgressão contra o que alguém ou uma sociedade define como justo como direito. Conseqüentemente, violência é um ato de brutalidade, sevicia e abuso físico ou psíquico contra alguém e caracteriza relações intersubjetivas e sociais definidas pela opressão e intimidação pelo medo e pelo terror. A violência se opõe à ética porque trata seres racionais e sensíveis dotados de linguagem e de liberdade, como se fossem coisas, isto é, irracionais, insensíveis, mudos, inertes ou passivos.
2.1 A VIOLÊNCIA ESCOLAR – O BULLYNG
Sabe-se que a escola é o local de socialização onde se processo a aprendizagem. É o espaço onde capacita o sujeito para sua inserção na sociedade. Nesse sentido, a escola deve possibilitar o desenvolvimento de habilidades fundamentais para a formação do cidadão critico. E ainda, auxiliar o sujeito no processo do:
- aprender a conhecer –o que implica em disponibilizar a cultura geral que permite o aprofundamento em qualquer conteúdo;
- aprender a fazer que significa preparar os jovens em competências técnicas e profissionais, para o mercado de trabalho e ainda, para saber executar tarefas em equipe;
- aprender a viver juntos – que é o saber respeitar as diferenças, reconhecendo o outro, sua cultura e sua diversidade;
- aprender a ser – que significa despertar no educando a visão critica da vida.
No entanto, a escola agrega no seu espaço, sujeitos com suas desigualdades sociais, econômicas e culturais, o que reflete nas relações e que causam de certa maneira a exclusão escolar. Diante disso, a escola deve superar os obstáculos, da evasão, repetência. Isso implica em elaborar uma proposta pedagógica que disponibilize conteúdos que fazem sentido para os educandos.
Assim, o educador precisa compreender as subjetividades, os sentimentos e as capacidades dos alunos, pois, são pessoas jovens que tem gostos e desejos os quais não devem ser reprimidos na escola. Além das culturas juvenis, a escola tem que convier com uma série de diferenças marcadas pela etnia, pelo sexo, por necessidades especiais, além de outras diversidades, que se mostram e querem ser ouvidas e percebidas no seu interior. A educação possui para além dos conteúdos científicos uma função social formadora. Portanto, cabe a escola, buscar uma prática pedagógica equilibrada, que atenda a essa multiplicidade de valores.
Considerando as experiências sociais, culturais e intelectuais dos alunos, a escola deve proporcionar-lhes novas experiências que possam enriquecer seu universo de conhecimento, levando aos alunos experiências que embora não estejam ao alcance de todos estão presentes no mundo. Na escola temos os espaços ideais para a transmissão da cultura interior.”(ABRAVOVAY, 2006, p.28).
Isso significa que a escola precisa ser parte integrante na comunidade, para conhecê-la bem, a fim de poder preparar seus alunos para vida em comum e colaborar para a melhoria e o progresso dessa comunidade. “Participar da vida da comunidade é trabalhar junto com ela”.
Na realidade a relação professor aluno, acontece de forma como se operaria uma máquina, cujo funcionamento ainda se desconhece ou não se compreende. Nesse contexto, ocorre uma distorção do ato de ensinar, pois, a prática se reduz a um aglomerado de símbolos e ideais. Porém, o compromisso com a humanização desse ato promove a interação coletiva entre professor-aluno e aluno-aluno.
O professor deve reportar-se ao seu fazer a sua reflexão sobre a sua função com o ser concreto – pensar no seu mundo de atuação, ter consciência de que sua matéria prima é a formação de novos cidadãos. Contudo o professor precisa criar espaços, tempos de cooperação, de relações, de trocas amorosas, de generosidade. A escola precisa desses nutrientes e projetos sociais para todos.
O educador deve saber intervir, criticar no momento certo, e ainda, através de conversas livres, em debates, sem rótulos e sem expor o educando ao ridículo. Isso implica numa conversa franca, de amizade de solidariedade, sem constrangimento.
Portanto, para o educador manter um clima de parceria, de elevação da auto-estima, no espaço sala de aula, é necessário levar em conta o conhecimento da realidade, em que faixa etária se localiza os alunos e ainda, das narrativas de cada um. Pois, trabalhar as habilidades sociais implica em criar oportunidade para que os educandos reconheçam seus sentimento e os dos outros, para saber as palavras e ações corretas para expressar esses sentimentos e para saber identificar e controlar reações indesejadas de incertezas.
Compreende-se a violência como um ato de opressão que incorpora a violência física, psíquica, humilhação, vergonha, da fome e da miséria e da exclusão e discriminação contra o ser humano. A violência entre crianças e jovens tem aumentado. Segundo dados, 30% dos suicídios entre jovens são causados pelo bullying.
Atribui-se o aumento da violência a fatores que iniciam no lar, aos pais atarefados em busca de seus afazeres laborais que acabam por ignorar determinadas manifestações no comportamento dos filhos. A escola, professores também, não percebem essas situações, ninguém tem tempo para averiguar o que esta acontecendo.
Define-se o bullying como toda e qualquer maneira de comportamento agressivo que é intencional, doloroso o qual pode ser de ordem: física, emocional e psicológica e persistente. Essa prática se manifesta de forma repentina, a vitima pode sofrer agressões, sociais, ter seus pertences roubados, entre outras diferentes formas de violência.
Bullying é uma expressão inglesa aplicada nas escolas para definir o comportamento de crianças e adolescentes que tem a capacidade de infernizar a vida de seus colegas. Manifesta-se através do ato de: humilhar, constranger, ofender, dizer piadas de mau gosto ou dar apelidos pejorativos. São esses os ingredientes maléficos que compõem o bullying.
O fato se agrava com mais uma ferramenta a seu favor a Cyberllying, forma que utiliza a tecnologia quando a criança ou jovem é agredida através do vídeo com cena de violência e postada na web.
Constata-se em crianças e jovens vitimas do bullying, a falta de interesse pelos estudos, o que baixa significantemente o rendimento da aprendizagem. E ainda, eles solicitam a companhia de adultos, reclama de dores, cabeça de barriga e insônia. Nesse contexto, a família e a escola devem observar quando a criança ou jovem apresenta a manifestação de alguns desses sintomas, para poderem ser resolvidos a tempo.
Observa-se que isso acontece com maior freqüência com jovens e crianças de menor poder aquisitivo, que se encontram mal vestidos, que são os negros ou gordos e geralmente, com criança sensível, tímida e com dificuldades de relacionamento.
No entanto, as crianças e jovens que adotam o bullying, são aquelas que gostam de exercer o poder e de ter controle sobre a situação. A característica marcante é ganhar sempre e desafiam os adultos. Quando se instalam situações de bullying no meio das crianças e jovens, elas ocorrem de formas diferenciadas. As meninas utilizam da forma de denegrir a imagem de suas colegas e na frente dos adultos se mostram como pessoas boas. Os meninos, dotados de força, xingam, agridem verbalmente e intimidam os colegas.
A violência presente na escola se manifesta de diferentes formas, entre outras, citam-se a física, a simbólica ou institucional e as microviolências.
a)Violência física é a intervenção física de um sujeito contra a integridade de outra pessoa, ou contra si mesmo, através de práticas de furtos, homicídios, vandalismo, trafico e violência sexual;
b)Violência simbólica ou institucional – manifesta-se nas relações de poder que não se nomeia, que se estabelecem de forma oculta e assume relações de autoritarismo;
c)Microviolências – caracterizadas pelas relações de humilhação, falta de respeito, quebra de normas de convivência que prejudicam o clima escolar.
É necessário a escola, pais e professores buscarem alternativas para evitar essas práticas de violência no espaço escolar, pois, o bullying contribui para instalação de doenças,, como: depressão, ansiedade, uso de drogas e as vezes até suicídio.
3 CONSIDERAÇÕESFINAIS
Compreende-se que a escola não deve ser autora de processos violentos, pois, seu interior é um lugar de expressão de diversidade: filosófica, religiosa, étnica, entre outras. E ao mesmo tempo, a escola é o espaço de resolução dos conflitos e de prevenção da violência.
Constata-se que a criança ou jovem com sua auto-estima diminuída suas fraquezas expostas, motivadas pelo medo de serem agredidas e humilhadas acabam enveredando pelo abandono da escola ou a queda no rendimento escolar e ainda, pode desencadear a depressão.
No entanto, o autor dessa violência a pessoas que pratica o bulling, não deve ser punida e sim tratada, acompanhada, pois, na maioria dos casos, é alguém com problemas de insegurança, de relacionamento social, que vivencia, a rejeição, humilhação, de pouco cuidado por parte da famílias desestruturada.
[...] o poder de subestimar o outro, de usá-lo, de fazer dele um personagem, côo uma caricatura. O poder que a agressividade traz aos fracos vem da intimidação que praticam, a qual gera sofrimento para quem tem dificuldade de se defender.(EDUCAÇÃO, 2007, p. 121).
Neste contexto, a escola deve estar aberta às parcerias às mudanças sociais, pois, a participação dos diferentes atores no processo pedagógico, torna-se viável a criação de novos mecanismos democráticos de dialogo e de aceitação das diferenças.
Nesse sentido, a escola deve ser espaço de disseminação do conhecimento e de proteção, que estimula o adolescentes e jovens a se desenvolverem no campo do conhecimento, das relações sociais e das práticas coletivas. Assim, os professores tornam-se parceiros fundamentais para o desenvolvimento da auto-estima dos alunos, permitindo o dialogo, entre os atores para que dessa maneira se tornem integrados e participantes da dinâmica escolar.
Ressalta-se a importância da aproximação e participação da família na escola como mecanismo de busca da melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem. Nesse caso, sugere-se a elaboração e execução de projetos de convivência escolar, com o objetivo de uma dinâmica de aprendizagem, mais democrática. Nesse sentido, a escola deve fazer o diagnostico para saber como se encontra a escola, e identificar os aspectos que devem ser modificados, através do debate interno com os agentes sociais, tendo o foco no estabelecimento de relações de melhor qualidade.
A escola precisa assumir o compromisso, de conscientizar os jovens, pais, professores e comunidade, sobre a problemática, bem como, e adotar medidas preventivas para diminuir o número de adolescentes indisciplinados no contexto do ambiente pesquisado. Sugere-se viabilizar projetos, orientar professores para trabalhar com o objetivo de sanar a questão.E ainda, orientar as crianças e jovens que sofrem esse tipo de violência para não responderem às provocações.
A escola em seus processos metodológicos procurar meios, que possam favorecer o ensino-aprendizagem e o desenvolvimento da comunidade a qual está inserida. Construir um mundo novo de descoberta e valorização do conhecimento.
Ressalta-se a importância da elaboração e execução de projetos com a participação da comunidade, no sentido de favorecer a relação escola comunidade e conseqüentemente a melhoria das condições de vida. A organização escolar define-se como uma unidade social que serve as pessoas que interagem entre si, intencionalmente, operando por meio de estruturas e de processos organizativos próprios a fim de alcançar os objetivos educacionais.
Portanto, espera-se contribuir, de modo significativo, para que na escola, ambiente de pesquisa, os professores e gestores, percebendo-se como sujeitos do processo, possam atuar de modo competente e participativo nas práticas de conscientização e na elaboração de projetos, aprofundando os conhecimentos para contribuir favoravelmente no sentido de eliminação da problemática e, assim, promover o resgate e a inclusão social do educando
Conclui-se que a educação escolar torna-se responsável pela superação das diferenças. E a escola existe para desenvolver nos alunos as competências e habilidades para o exercício da cidadania de seus educandos. E ainda, o bom professor , cumpre a figura de apego, ao estabelecer boas relações com seus alunos, nutriente que desenvolve a aprendizagem. Este componente chamado pedagogia da afetividade que muitas vezes está oculto na ação pedagógica, mas contribui de forma significativa na relação entre o ensino e a aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY,Miriam. Caleidoscópio das Violências nas escolas. Brasília: Missão Criança, 2006.
CAHUI, Marilena. Senso Comum e transparências. In.: O preconceito.São Paulo, Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania./Imprensa Oficial, 1996/1997.
EDUCAÇÃO 2007. As mais importantes tendências na visão dos mais importantes educadores. Humana Editora Ltda. Curitiba, PR: 2007.
MAIA, Paulo Borlina. Vinte anos de homicídios no Estado de São Paulo: A violência disseminada. São Paulo em Perspectiva. Revista da Fundação Seade, v. 13, No. 4, out./dez. 1999.
REVISTA. Isto É. Ano, 34, No. 200, 21/abril/2010.
sábado, 24 de abril de 2010
A Leitura no Contexto das Tecnologias da Informação
*Maria Enoy Brito dos Santos
Na sociedade da informação, as tecnologias estão presentes em todos os setores da sociedade. As exigências de atuação dos indivíduos nessa sociedade na qual estão inseridas, aumentam e exige competências e habilidades, que ler e escrever, apenas, torna-se insuficiente.
Nesse sentido, a escola deve pensar na reformulação das práticas de ensino e na formação continuada do professor para o exercício docente, pois, a formação inicial e a teoria e prática tem seu valor e contribui para melhoria da qualidade do ensino, porem, são necessárias adaptações a era pós-modernidade.
No universo da informática, multimídia, a leitura é opção do leitor, este faz suas escolhas, onde navegar, a partir de imagens visuais, ícones, vias que para onde ir. São as diferentes leituras com as quais,crianças e jovens, convivem, e por isso, necessitam da competência e habilidade para desenvolver.
Nesse contexto de modernidade, o professor deve saber lidar com as tecnologias de leitura e com as leituras tecnológicas. O que significa possui competência para formar novos leitores no processo ensinar/aprender, despertar no aluno novos gestos de leitura dos diversos suportes, materiais, texturas, configurações textuais, entre outras, no movimento de apropriação das novas tecnologias da informação.
Ressalta-se que é necessário repensar a formação e capacitação do professor, numa visão das novas tecnologias. Implica na escolar repensar seu papel em relação ao conhecimento. Garantir a crítica da informação que circula numa releitura com o objetivo de provocar outras relações ente conhecimentos e acontecimentos. É a busca da prática do dialogo, da escuta daquilo que se deferência do que se pensa do que se acredita, do que se vive e do que fala.
segunda-feira, 29 de março de 2010
BAUHAUS: O SONHO QUE TRANSFORMOU A ARQUITETURA
Na sua proposta pedagógica previa a capacitação de designers, para serem absorvidos na indústria, artesãos, escultores, pintores e arquitetos. Para tanto,
A formação deveria ter por meta o trabalho em equipe na construção, além de buscar, por meio de experimentos sobre proporção e escala, ritmo, luz, sombra e cor, e encontrar “ no quadro de seus dotes naturais o lugar em que pudesse movimentar-se em segurança.” (Campello 2009, p. 84) Apud (Gropius, 1972, p. 38).
A proposta de ensino da escola Bauhaus, propunha ainda, como meta agregar os elementos da forma e da cor, além das leis que estes elementos estão sujeitos. Para a Bauhaus o valor estético de um objeto devia resultar da perfeita fusão entre forma e função.
Contudo, as linhas funcionais, as formas simples e geométricas, as superfícies lisas, as cores primárias e os materiais constituiram-se como o legado da Bauhaus que permeou a vida do século XX. Para isso, o currículo elaborado para formação:
O currículo do curso era dividido em duas partes. Uma delas relacionava-se à instrução em Artesanato, que deveria atender a oficinas de pedra (escultura), madeira (carpintaria), metal (metal), barro (cerâmica), Vidro (vitral), cor (pintura de parede e têxtil (tecelagem). (CAMPELO, 2009, p. 90)
Dentre os professores ou mestres que passaram pela escola destacam-se: Paul Klee que ministrou um curso prático de vitrais, Kandinsky que ensinou a pintura de murais, Marcel Breuer que deu aula sobre interiores e Gropius que pretendia integrar o artesanato fino à produção em massa de uma linha de montagem.
Após a primeira guerra mundial em meio aos problemas de destruição, surge a necessidade de se reconstruir cidades, diferentes das plantas adotadas pela burguesia. Nesse contexto, surge um grupo de engenheiros com novas propostas de construção barata e simples, que permitisse a habitabilidade, assim nasce o funcionalismo racionalista e organicista.
O funcionalismo racionalista possui características distintas, propõe uma relação intrínseca na arquitetura e urbanismo. Eliminando tudo aquilo que se opunha a arte pura de linhas, retas e sólidos geométricos, transforma a estruturas de edifícios sobre as coberturas em terraços e ainda, a utilização nas construções de novos materiais pré-fabricados.
Na arquitetura residencial o objetivo era buscar casa prática e funcional. Propõe agregar as artes consideradas menores ou aplicadas, escultura, cerâmica, tecelagem, metalurgia e marcenaria.
Nesse cenário de transformações que nasce o design industrial. A escola da Bauhaus, criou seu estilo próprio e demonstrou que o objeto elaborado por um artista poderia ser simultaneamente artístico e industrial, desde que houvesse perfeita articulação entre a forma e a função do objeto.
Observa-se que no inicio de seu funcionamento os professores da Bauhaus estavam envolvidos com arquitetura e os artistas relacionados ao cubismo. Na arquitetura, as construções se efetivavam pela ligação do desenho à funcionalidade, adaptava-se a arquitetura ao uso a que se destinava.
Funcionalismo Racionalista
Esse movimento da arte moderna surgiu paralelo às experiências da escola Bauhaus, através do suíço Charles Edouard Jeanneret, conhecido como Le Coubusier, para ele “a casa deveria ser concebida como uma máquina de habitar”.
Nessa concepção a arquitetura utilizava, formas, linhas diretas, ângulos e coberturas planas. Na construção de edifícios o realce ao branco e paralelepípedos, com assimetria equilibrada. Na construção das casas adotava-se estrutura articulando a função e forma à unidade.
Essa nova visão da arquitetura criou construções inspiradas no cubismo tendo como características: planta livre, na fachada a ausência de ornamentos, no entanto os telhados plano e ajardinados e as janelas sobre o comprido, em fita.
Funcionalismo Organicista
Sabe-se que funcionalismo organicista esta relacionado ao racionalista. No entanto, essa visão rompe o paradigma de casa máquina para o habitar. A proposta é de uma nova arquitetura, em harmonia com o meio ambiente, natureza.Utilizava materiais e a cor conforme o ambiente em que estava inserido, a casa transforma-se em funcional de acordo com as necessidades do homem.
REFERÊNCIAS
BERTELLO, Maria Augusta. Manuel Educar. Claranto, Uberlândia, MG: 2005.
CAMPELLO, Sheila Maria Conde Rocha. GUIMARÂES, Leda Maria Barros.(Orgs) História das Artes Visuais 2. Módulo 13. Brasília: 2009.
LEAL FILHO, Luiz Mario. Arte em Educação. São Luis: UEMA, 2005.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo, SP: Ática, 2000.
SITES CONSULTADOS
WWW.esfcastro.pt
domingo, 28 de março de 2010
ARTE CONCEITUAL NO CAMPUS DA UFMA DE IMPERATRIZ
Foram criadas três instalações e uma perfomance com base em três correntes do modernismo europeu: O Dadaísmo, o Surrealismo e o Cubismo.
Os resultados podem ser conferidos através de algumas imagens postadas neste espaço.
quinta-feira, 25 de março de 2010
POESIA PARA ALIMENTAR A ALMA
Imagem: Morais Filho
Óleo sobre tela
Tema: Origem
VIDA
Vida! Que vida!
Empatia, poesia
Confusão, imperfeição
Criação. Pintar. Corrida.
Vida... Vem, vai,
Cachoeira, neste sol.
Tanto luar, açaí
A busca, o mangue e o cajá.
Vida corrida, às vezes, sofrida.
Bem também. Que alegria!
Não se desespera, Deus é o guia.
Autora: Soledade Mendes
segunda-feira, 22 de março de 2010
O QUE É ARTE?
Definir arte é algo muito complexo e relativo uma vez que a mesma gera muitas discussões a seu respeito, dentre elas a própria significação. Porém, a arte pode ser definida como uma forma de linguagem ou de expressão utilizada pelo ser humano desde épocas mais distantes até os dias atuais.
Segundo o pintor suíço Paul Klee, “a arte não imita o visível: cria o visível”.(BARSA, 2001, vol.2 p. 81). Para a história da arte, sua frase sintetiza uma das principais discussões, aquela que opõe de um lado os adeptos da imitação e de outro, os da invenção.
A significação do termo “arte” variou muito ao longo dos tempos e das civilizações. O que é arte para um povo poderá não ser para outro. Isso irá depender do fator cultural de cada região, tendo cada cultura seu próprio código de expressão e representação ligado aos costumes e valores.
Por exemplo, na pré-história expressava-se o sentido exclusivamente prático que tinham as atividades artísticas. Na antiguidade, era sinônimo de ofício ou habilidade e pouco se diferenciava da técnica, ou mesmo da ciência.
Em outras épocas como na Idade Média, no Renascimento e nos séculos seguintes a palavra “arte” serviu para designar tanto o trabalho de intenção estética como outros sem nenhuma relação com isso, como por exemplo, “artes e ofícios”, “obra de arte”.
Já no século XIX o termo arte passou a ser empregado predominantemente à criação estética e às várias “belas artes”, termo adotado neste período, restringindo-se às artes plásticas, crítica de arte, exposição de arte, etc., no século XX.
Ainda que seja um problema formar um conceito específico quanto ao fenômeno arte é indispensável a fixação de três aspectos que a caracterizam:
A arte é um produto do ato de criar, é universal, própria do ser humano ao longo da sua história e antecede a ela; corresponde direta ou indiretamente às ideologias da sociedade em que aparece.
Levando em conta esses três aspectos, pode-se afirmar num primeiro instante que toda criação artística é resultado da atividade humana, ficando, portanto claro que os fenômenos físicos e naturais não são obras de arte, ainda que na maioria das vezes sejam belos. Mas a arte não é só o belo e mesmo que fosse, quanto aos fenômenos naturais e físicos, para serem considerados belos seria necessário o testemunho do ser humano. Um entardecer na praia, por exemplo, é maravilhoso, é belo, mas não é arte. Ele se transformará em arte a partir da intervenção humana no momento que alguém o pintar, fotografar, etc.
A natureza por si só, é apenas natureza. É relacionada para alguns como se fosse obra de arte, mas não é. Ela nos conduz em um processo de inspiração criativa para que nós a transformemos em arte, seja na pintura, na fotografia, na escultura, na dança, no teatro, na música ou em qualquer que seja a forma de expressão artística.
quinta-feira, 11 de março de 2010
ARTE - QUE LINGUAGEM É ESSA?
Para entender a arte e suas linguagens a fim de obtermos respostas sobre a sua função em nossas vidas e seus significados, antes de mais nada é preciso nos perguntarmos dando-nos tempo para a reflexão e buscarmos em nosso próprio interior e ao nosso redor as respostas que darão o verdadeiro sentido da arte em nossas vidas.
Vamos exercitar nos questionando e respondendo as seguintes indagações?
Arte? Que linguagem é essa?
Quais as funções da arte?
Para que aprender e ensinar arte?
O que é arte-educação?
Qual o compromisso da escola com o ensino da arte?
Qual o papel do arte-educador?
Estamos aguardando suas respostas!
LINGUAGENS ARTÍSTICAS
A arte no Brasil esteve ligada a raízes históricas nos critérios neoclássicos, impostos pela missão Francesa, e no tradicional quando a tarefa era apenas copiar ou reproduzir.Por ocasião do tecnicismo o ensino da arte foi desvalorizado, passando ao exercício artesanal que foi substituído pela experimentação de recursos materiais. Vejamos o que 1.BRITO (2003, p. 30), a esse respeito: “A arte de cada cultura revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores que governam os diferentes tipos de relação entre os indivíduos na sociedade.”
Ao retornar as concepções que norteiam o ensino da arte, conhecimento, trabalho e expressão é buscar entender a necessidade humana de expressão, afirmação e interação com a realidade através do trabalho artístico. Oportunizar ao aluno ler e analisar o mundo em que vive e dar respostas mais inventivas são características do novo ensino da arte.A arte desenvolve a cognição, capacidade de aprender, é no despertar e ensinar através da arte que se conduz o aluno a associar o ver com o fazer, além de contextualizar tanto a leitura quanto a prática. O que nos importa ver uma imagem e não decifrá-la, é preciso ver e atribuir significados.
Todo criança tem a necessidade de se expressar livremente. Fazê-la participar da alegria criadora, através de um clima de compreensão e de confiança, é a melhor recompensa que lhe pode dar o educador, isto se consegue com facilidade no momento que trabalhamos com a arte. A arte através de seus símbolos, dá curso ao ajustamento emocional, facilita o exercício da disciplina interior, cria condições propiciar à aprendizagem formal da escoa, porque é fator de integração e de desenvolvimento harmonioso da personalidade.
A arte em todas suas expressões é um ato de comunicação. Esta consiste numa apropriação da realidade que propõe novos modos de refletir sobre as relações sociais. Criar e ampliar, enriquecer, transforma o mundo e o homem. O indivíduo ao trabalhar com arte exerce uma ação do fazer, do olhar e do pensar. Esta possibilita que os indivíduos estabeleça, um comportamento mental que os leva a comparar coisas, a passar do estado das idéias, para o estado da comunicação, a formular conceitos e a descobrir como se comunicam esses conceitos.
Existe diversas manifestações artísticas: artes visuais, pintura, desenho, gravura, artefato, desenho industrial. No mundo contemporâneo com os avanços da tecnologia (fotografia, artes gráficas, cinema, vídeo, computação, performance), são inúmeras as manifestações que se faz necessário interpretá-las.
A dança expressão da cultura humana desde os tempos mais antigos, sempre interpretou o trabalho, as religiões e as atividades de lazer. A música esta relacionada a cultura de cada época, hoje em função do desenvolvimento tecnológico vem sofrendo modificações (discos, fitas, radio, televisão, computador, jogos eletrônicos, cinema, publicidade, são as novidades da época.
No teatro uma expressão formalizada pelos gregos como demonstração de cultura e conhecimento. Considerada a arte do homem, haja visto que ao interpretar o homem se expressa de forma completa, corpo, fala, gesto atualmente é a melhor maneira de trabalhar com a criatividade do nosso aluno.
* SANTOS, Maria Enoy Brito. Pedagoga, Especialista em Linguagem e Códigos e suas Tecnologias. E-mail: maenoy@bol.com.br.
1. BRITO, Gláucia da Silva. Inovações Metodológicas e Instrumentais para o Ensino de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola e Arte. Curitiba: IBPEX, 2003.
terça-feira, 9 de março de 2010
Sejam Bem Vindos
Um dos objetivos do Blog “Caderno de Artes Visuais” além da divulgação do curso à comunidade acadêmica entre outros internautas, é tornar-se uma ferramenta alternativa para a comunicação na educação em benefício do processo de ensino e aprendizagem das Artes Visuais, uma vez que é mais um espaço de diálogo para tornar seus participantes escritores, leitores e pensadores na construção de saberes.
É uma espécie de diário coletivo em que cada membro postará suas impressões sobre temas da arte/educação abordados no decorrer do curso.
Destina-se àqueles que têm interesse em discutir e compartilhar informações através de críticas fundamentadas que contribuam para o processo ensino aprendizagem em arte.
Mais do que um recurso tecnológico, é um espaço de criatividade e troca de experiências para o arte-educador tornar sua prática interessante e dinâmica a fim de promover um verdadeiro encontro entre a arte e a educação.
Que seja mais um estímulo para a descoberta da sensibilidade estética e das possibilidades imaginativas ofertadas pelo mundo da Arte.