Na sua proposta pedagógica previa a capacitação de designers, para serem absorvidos na indústria, artesãos, escultores, pintores e arquitetos. Para tanto,
A formação deveria ter por meta o trabalho em equipe na construção, além de buscar, por meio de experimentos sobre proporção e escala, ritmo, luz, sombra e cor, e encontrar “ no quadro de seus dotes naturais o lugar em que pudesse movimentar-se em segurança.” (Campello 2009, p. 84) Apud (Gropius, 1972, p. 38).
A proposta de ensino da escola Bauhaus, propunha ainda, como meta agregar os elementos da forma e da cor, além das leis que estes elementos estão sujeitos. Para a Bauhaus o valor estético de um objeto devia resultar da perfeita fusão entre forma e função.
Contudo, as linhas funcionais, as formas simples e geométricas, as superfícies lisas, as cores primárias e os materiais constituiram-se como o legado da Bauhaus que permeou a vida do século XX. Para isso, o currículo elaborado para formação:
O currículo do curso era dividido em duas partes. Uma delas relacionava-se à instrução em Artesanato, que deveria atender a oficinas de pedra (escultura), madeira (carpintaria), metal (metal), barro (cerâmica), Vidro (vitral), cor (pintura de parede e têxtil (tecelagem). (CAMPELO, 2009, p. 90)
Dentre os professores ou mestres que passaram pela escola destacam-se: Paul Klee que ministrou um curso prático de vitrais, Kandinsky que ensinou a pintura de murais, Marcel Breuer que deu aula sobre interiores e Gropius que pretendia integrar o artesanato fino à produção em massa de uma linha de montagem.
Após a primeira guerra mundial em meio aos problemas de destruição, surge a necessidade de se reconstruir cidades, diferentes das plantas adotadas pela burguesia. Nesse contexto, surge um grupo de engenheiros com novas propostas de construção barata e simples, que permitisse a habitabilidade, assim nasce o funcionalismo racionalista e organicista.
O funcionalismo racionalista possui características distintas, propõe uma relação intrínseca na arquitetura e urbanismo. Eliminando tudo aquilo que se opunha a arte pura de linhas, retas e sólidos geométricos, transforma a estruturas de edifícios sobre as coberturas em terraços e ainda, a utilização nas construções de novos materiais pré-fabricados.
Na arquitetura residencial o objetivo era buscar casa prática e funcional. Propõe agregar as artes consideradas menores ou aplicadas, escultura, cerâmica, tecelagem, metalurgia e marcenaria.
Nesse cenário de transformações que nasce o design industrial. A escola da Bauhaus, criou seu estilo próprio e demonstrou que o objeto elaborado por um artista poderia ser simultaneamente artístico e industrial, desde que houvesse perfeita articulação entre a forma e a função do objeto.
Observa-se que no inicio de seu funcionamento os professores da Bauhaus estavam envolvidos com arquitetura e os artistas relacionados ao cubismo. Na arquitetura, as construções se efetivavam pela ligação do desenho à funcionalidade, adaptava-se a arquitetura ao uso a que se destinava.
Funcionalismo Racionalista
Esse movimento da arte moderna surgiu paralelo às experiências da escola Bauhaus, através do suíço Charles Edouard Jeanneret, conhecido como Le Coubusier, para ele “a casa deveria ser concebida como uma máquina de habitar”.
Nessa concepção a arquitetura utilizava, formas, linhas diretas, ângulos e coberturas planas. Na construção de edifícios o realce ao branco e paralelepípedos, com assimetria equilibrada. Na construção das casas adotava-se estrutura articulando a função e forma à unidade.
Essa nova visão da arquitetura criou construções inspiradas no cubismo tendo como características: planta livre, na fachada a ausência de ornamentos, no entanto os telhados plano e ajardinados e as janelas sobre o comprido, em fita.
Funcionalismo Organicista
Sabe-se que funcionalismo organicista esta relacionado ao racionalista. No entanto, essa visão rompe o paradigma de casa máquina para o habitar. A proposta é de uma nova arquitetura, em harmonia com o meio ambiente, natureza.Utilizava materiais e a cor conforme o ambiente em que estava inserido, a casa transforma-se em funcional de acordo com as necessidades do homem.
REFERÊNCIAS
BERTELLO, Maria Augusta. Manuel Educar. Claranto, Uberlândia, MG: 2005.
CAMPELLO, Sheila Maria Conde Rocha. GUIMARÂES, Leda Maria Barros.(Orgs) História das Artes Visuais 2. Módulo 13. Brasília: 2009.
LEAL FILHO, Luiz Mario. Arte em Educação. São Luis: UEMA, 2005.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo, SP: Ática, 2000.
SITES CONSULTADOS
WWW.esfcastro.pt