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segunda-feira, 29 de março de 2010

BAUHAUS: O SONHO QUE TRANSFORMOU A ARQUITETURA




Considerado o mais importante movimento de arquitetura e desenho do século XX, a escola Bauhaus, foi fundada em 1919 por Walter Gropius em Weimar na Alemanha. A escola destinava-se ao ensino da arte, artesanato, design e posteriormente à arquitetura. Segundo, Campello (2009, p. 83) Apud (Wick, 1989, p. 1) o objetivo maior da escola “a criança de um novo homem.”
Na sua proposta pedagógica previa a capacitação de designers, para serem absorvidos na indústria, artesãos, escultores, pintores e arquitetos. Para tanto,

A formação deveria ter por meta o trabalho em equipe na construção, além de buscar, por meio de experimentos sobre proporção e escala, ritmo, luz, sombra e cor, e encontrar “ no quadro de seus dotes naturais o lugar em que pudesse movimentar-se em segurança.” (Campello 2009, p. 84) Apud (Gropius, 1972, p. 38).

A proposta de ensino da escola Bauhaus, propunha ainda, como meta agregar os elementos da forma e da cor, além das leis que estes elementos estão sujeitos. Para a Bauhaus o valor estético de um objeto devia resultar da perfeita fusão entre forma e função.
Contudo, as linhas funcionais, as formas simples e geométricas, as superfícies lisas, as cores primárias e os materiais constituiram-se como o legado da Bauhaus que permeou a vida do século XX. Para isso, o currículo elaborado para formação:
O currículo do curso era dividido em duas partes. Uma delas relacionava-se à instrução em Artesanato, que deveria atender a oficinas de pedra (escultura), madeira (carpintaria), metal (metal), barro (cerâmica), Vidro (vitral), cor (pintura de parede e têxtil (tecelagem). (CAMPELO, 2009, p. 90)
Dentre os professores ou mestres que passaram pela escola destacam-se: Paul Klee que ministrou um curso prático de vitrais, Kandinsky que ensinou a pintura de murais, Marcel Breuer que deu aula sobre interiores e Gropius que pretendia integrar o artesanato fino à produção em massa de uma linha de montagem.
Após a primeira guerra mundial em meio aos problemas de destruição, surge a necessidade de se reconstruir cidades, diferentes das plantas adotadas pela burguesia. Nesse contexto, surge um grupo de engenheiros com novas propostas de construção barata e simples, que permitisse a habitabilidade, assim nasce o funcionalismo racionalista e organicista.
O funcionalismo racionalista possui características distintas, propõe uma relação intrínseca na arquitetura e urbanismo. Eliminando tudo aquilo que se opunha a arte pura de linhas, retas e sólidos geométricos, transforma a estruturas de edifícios sobre as coberturas em terraços e ainda, a utilização nas construções de novos materiais pré-fabricados.
Na arquitetura residencial o objetivo era buscar casa prática e funcional. Propõe agregar as artes consideradas menores ou aplicadas, escultura, cerâmica, tecelagem, metalurgia e marcenaria.
Nesse cenário de transformações que nasce o design industrial. A escola da Bauhaus, criou seu estilo próprio e demonstrou que o objeto elaborado por um artista poderia ser simultaneamente artístico e industrial, desde que houvesse perfeita articulação entre a forma e a função do objeto.
Observa-se que no inicio de seu funcionamento os professores da Bauhaus estavam envolvidos com arquitetura e os artistas relacionados ao cubismo. Na arquitetura, as construções se efetivavam pela ligação do desenho à funcionalidade, adaptava-se a arquitetura ao uso a que se destinava.

Funcionalismo Racionalista
Esse movimento da arte moderna surgiu paralelo às experiências da escola Bauhaus, através do suíço Charles Edouard Jeanneret, conhecido como Le Coubusier, para ele “a casa deveria ser concebida como uma máquina de habitar”.
Nessa concepção a arquitetura utilizava, formas, linhas diretas, ângulos e coberturas planas. Na construção de edifícios o realce ao branco e paralelepípedos, com assimetria equilibrada. Na construção das casas adotava-se estrutura articulando a função e forma à unidade.
Essa nova visão da arquitetura criou construções inspiradas no cubismo tendo como características: planta livre, na fachada a ausência de ornamentos, no entanto os telhados plano e ajardinados e as janelas sobre o comprido, em fita.

Funcionalismo Organicista

Sabe-se que funcionalismo organicista esta relacionado ao racionalista. No entanto, essa visão rompe o paradigma de casa máquina para o habitar. A proposta é de uma nova arquitetura, em harmonia com o meio ambiente, natureza.Utilizava materiais e a cor conforme o ambiente em que estava inserido, a casa transforma-se em funcional de acordo com as necessidades do homem.

REFERÊNCIAS

BERTELLO, Maria Augusta. Manuel Educar. Claranto, Uberlândia, MG: 2005.
CAMPELLO, Sheila Maria Conde Rocha. GUIMARÂES, Leda Maria Barros.(Orgs) História das Artes Visuais 2. Módulo 13. Brasília: 2009.
LEAL FILHO, Luiz Mario. Arte em Educação. São Luis: UEMA, 2005.
PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo, SP: Ática, 2000.
SITES CONSULTADOS
WWW.esfcastro.pt

domingo, 28 de março de 2010

ARTE CONCEITUAL NO CAMPUS DA UFMA DE IMPERATRIZ
























Depois da Intervenção montada na entrada da UFMA(Campus de Imperatriz) quando do estudo da disciplina Teoria da Arte chegou a vez da Universidade abrir suas portas e janelas para mais duas linguagens predominantes da arte contemporânea. Chegou a vez da Performance e da Instalação.
Os trabalhos foram realizados pela mesma turma de Artes Visuais, porém no estudo da disciplina História das Artes Visuais ministrada pelo professor formador Regis C. Oliveira.
Foram criadas três instalações e uma perfomance com base em três correntes do modernismo europeu: O Dadaísmo, o Surrealismo e o Cubismo.
Os resultados podem ser conferidos através de algumas imagens postadas neste espaço.
Pode-se afirmar que os objetivos foram alcançados e mais uma vez o curso de Artes Visuais manifestou-se de forma positiva para a comunidade acadêmica.

quinta-feira, 25 de março de 2010

POESIA PARA ALIMENTAR A ALMA




















Imagem: Morais Filho
Óleo sobre tela
Tema: Origem

VIDA

Vida! Que vida!
Empatia, poesia
Confusão, imperfeição
Criação. Pintar. Corrida.
Vida... Vem, vai,
Cachoeira, neste sol.
Tanto luar, açaí
A busca, o mangue e o cajá.
Vida corrida, às vezes, sofrida.
Bem também. Que alegria!
Não se desespera, Deus é o guia.

Autora: Soledade Mendes



segunda-feira, 22 de março de 2010

O QUE É ARTE?






Definir arte é algo muito complexo e relativo uma vez que a mesma gera muitas discussões a seu respeito, dentre elas a própria significação. Porém, a arte pode ser definida como uma forma de linguagem ou de expressão utilizada pelo ser humano desde épocas mais distantes até os dias atuais.
Segundo o pintor suíço Paul Klee, “a arte não imita o visível: cria o visível”.(BARSA, 2001, vol.2 p. 81). Para a história da arte, sua frase sintetiza uma das principais discussões, aquela que opõe de um lado os adeptos da imitação e de outro, os da invenção.
A significação do termo “arte” variou muito ao longo dos tempos e das civilizações. O que é arte para um povo poderá não ser para outro. Isso irá depender do fator cultural de cada região, tendo cada cultura seu próprio código de expressão e representação ligado aos costumes e valores.
Por exemplo, na pré-história expressava-se o sentido exclusivamente prático que tinham as atividades artísticas. Na antiguidade, era sinônimo de ofício ou habilidade e pouco se diferenciava da técnica, ou mesmo da ciência.
Em outras épocas como na Idade Média, no Renascimento e nos séculos seguintes a palavra “arte” serviu para designar tanto o trabalho de intenção estética como outros sem nenhuma relação com isso, como por exemplo, “artes e ofícios”, “obra de arte”.
Já no século XIX o termo arte passou a ser empregado predominantemente à criação estética e às várias “belas artes”, termo adotado neste período, restringindo-se às artes plásticas, crítica de arte, exposição de arte, etc., no século XX.
Ainda que seja um problema formar um conceito específico quanto ao fenômeno arte é indispensável a fixação de três aspectos que a caracterizam:
A arte é um produto do ato de criar, é universal, própria do ser humano ao longo da sua história e antecede a ela; corresponde direta ou indiretamente às ideologias da sociedade em que aparece.
Levando em conta esses três aspectos, pode-se afirmar num primeiro instante que toda criação artística é resultado da atividade humana, ficando, portanto claro que os fenômenos físicos e naturais não são obras de arte, ainda que na maioria das vezes sejam belos. Mas a arte não é só o belo e mesmo que fosse, quanto aos fenômenos naturais e físicos, para serem considerados belos seria necessário o testemunho do ser humano. Um entardecer na praia, por exemplo, é maravilhoso, é belo, mas não é arte. Ele se transformará em arte a partir da intervenção humana no momento que alguém o pintar, fotografar, etc.
A natureza por si só, é apenas natureza. É relacionada para alguns como se fosse obra de arte, mas não é. Ela nos conduz em um processo de inspiração criativa para que nós a transformemos em arte, seja na pintura, na fotografia, na escultura, na dança, no teatro, na música ou em qualquer que seja a forma de expressão artística.


Fragmento da monografia A Arte no Ensino Fundamental: Arte no cotidiano das escolas públicas Unidade Integrada Aldebarã e Escola Municipal Carlos Drummond de Andrade em Açailândia MA


Um exemplo de que arte não é só o belo é o desenho em carvão do Artista Plástico Morais Filho intitulado “FUNDO DO POÇO” inspirado no trabalho escravo para compor o livro "Cinzas Mortas" de autoria do prof. Milton Teixeia. A realidade retratada no desenho não é bela, mas é uma obra de arte, pois partiu de um processo criativo através das sensações, emoções e idéias.





quinta-feira, 11 de março de 2010

ARTE - QUE LINGUAGEM É ESSA?


Para entender a arte e suas linguagens a fim de obtermos respostas sobre a sua função em nossas vidas e seus significados, antes de mais nada é preciso nos perguntarmos dando-nos tempo para a reflexão e buscarmos em nosso próprio interior e ao nosso redor as respostas que darão o verdadeiro sentido da arte em nossas vidas.

Vamos exercitar nos questionando e respondendo as seguintes indagações?
Arte? Que linguagem é essa?

Quais as funções da arte?
Para que aprender e ensinar arte?
O que é arte-educação?
Qual o compromisso da escola com o ensino da arte?
Qual o papel do arte-educador?

Estamos aguardando suas respostas!

LINGUAGENS ARTÍSTICAS


A arte no Brasil esteve ligada a raízes históricas nos critérios neoclássicos, impostos pela missão Francesa, e no tradicional quando a tarefa era apenas copiar ou reproduzir.Por ocasião do tecnicismo o ensino da arte foi desvalorizado, passando ao exercício artesanal que foi substituído pela experimentação de recursos materiais. Vejamos o que 1.BRITO (2003, p. 30), a esse respeito: “A arte de cada cultura revela o modo de perceber, sentir e articular significados e valores que governam os diferentes tipos de relação entre os indivíduos na sociedade.”
Ao retornar as concepções que norteiam o ensino da arte, conhecimento, trabalho e expressão é buscar entender a necessidade humana de expressão, afirmação e interação com a realidade através do trabalho artístico. Oportunizar ao aluno ler e analisar o mundo em que vive e dar respostas mais inventivas são características do novo ensino da arte.A arte desenvolve a cognição, capacidade de aprender, é no despertar e ensinar através da arte que se conduz o aluno a associar o ver com o fazer, além de contextualizar tanto a leitura quanto a prática. O que nos importa ver uma imagem e não decifrá-la, é preciso ver e atribuir significados.
Todo criança tem a necessidade de se expressar livremente. Fazê-la participar da alegria criadora, através de um clima de compreensão e de confiança, é a melhor recompensa que lhe pode dar o educador, isto se consegue com facilidade no momento que trabalhamos com a arte. A arte através de seus símbolos, dá curso ao ajustamento emocional, facilita o exercício da disciplina interior, cria condições propiciar à aprendizagem formal da escoa, porque é fator de integração e de desenvolvimento harmonioso da personalidade.
A arte em todas suas expressões é um ato de comunicação. Esta consiste numa apropriação da realidade que propõe novos modos de refletir sobre as relações sociais. Criar e ampliar, enriquecer, transforma o mundo e o homem. O indivíduo ao trabalhar com arte exerce uma ação do fazer, do olhar e do pensar. Esta possibilita que os indivíduos estabeleça, um comportamento mental que os leva a comparar coisas, a passar do estado das idéias, para o estado da comunicação, a formular conceitos e a descobrir como se comunicam esses conceitos.
Existe diversas manifestações artísticas: artes visuais, pintura, desenho, gravura, artefato, desenho industrial. No mundo contemporâneo com os avanços da tecnologia (fotografia, artes gráficas, cinema, vídeo, computação, performance), são inúmeras as manifestações que se faz necessário interpretá-las.
A dança expressão da cultura humana desde os tempos mais antigos, sempre interpretou o trabalho, as religiões e as atividades de lazer. A música esta relacionada a cultura de cada época, hoje em função do desenvolvimento tecnológico vem sofrendo modificações (discos, fitas, radio, televisão, computador, jogos eletrônicos, cinema, publicidade, são as novidades da época.
No teatro uma expressão formalizada pelos gregos como demonstração de cultura e conhecimento. Considerada a arte do homem, haja visto que ao interpretar o homem se expressa de forma completa, corpo, fala, gesto atualmente é a melhor maneira de trabalhar com a criatividade do nosso aluno.

* SANTOS, Maria Enoy Brito. Pedagoga, Especialista em Linguagem e Códigos e suas Tecnologias. E-mail: maenoy@bol.com.br.

1. BRITO, Gláucia da Silva. Inovações Metodológicas e Instrumentais para o Ensino de Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Língua Espanhola e Arte. Curitiba: IBPEX, 2003.

terça-feira, 9 de março de 2010

Sejam Bem Vindos




Um dos objetivos do Blog “Caderno de Artes Visuais” além da divulgação do curso à comunidade acadêmica entre outros internautas, é tornar-se uma ferramenta alternativa para a comunicação na educação em benefício do processo de ensino e aprendizagem das Artes Visuais, uma vez que é mais um espaço de diálogo para tornar seus participantes escritores, leitores e pensadores na construção de saberes.

É uma espécie de diário coletivo em que cada membro postará suas impressões sobre temas da arte/educação abordados no decorrer do curso.

Destina-se àqueles que têm interesse em discutir e compartilhar informações através de críticas fundamentadas que contribuam para o processo ensino aprendizagem em arte.

Mais do que um recurso tecnológico, é um espaço de criatividade e troca de experiências para o arte-educador tornar sua prática interessante e dinâmica a fim de promover um verdadeiro encontro entre a arte e a educação.
Que seja mais um estímulo para a descoberta da sensibilidade estética e das possibilidades imaginativas ofertadas pelo mundo da Arte.